Dodôs Brancos Muito Antigos

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Dodôs Brancos Muito Antigos

Começa uma nova série de Dodôs & Dadás, feitos com tecidos antigos, alguns com mais de 100 anos.

Minha mãe, alma de museóloga e artista , tinha gavetas e mais gavetas de toalhas e guardanapos, coisas do enxoval e outras que adquiria como antiquaria.

Fiquei com algumas rendas, guardanapos de crochê, bordados, véus de renda do tempo que a gente ia de véu na missa das onze da catedral. Alguns fragmentos de tecidos são tão antigos que resolvi usar como recheio de um sanduíche de tecido de forro com filó ou organza por cima, pra segurar a delicadeza de tecidos tão antigos que se tornaram frágeis.

Uso tecidos e aviamentos que foram guardados por muitos anos, alguns deles certamente  foram olhados de tempos em tempos por diferentes donas que imaginaram coisas para fazer com eles.

Uso esses materiais, que ganhei, (uma herança) e também algumas peças que as pessoas tem em casa e guardam sem saber o que fazer com elas, memórias afetivas que me dão contentes de saber que essas peças queridas vão virar arte. Também comecei a garimpar algumas coisas em leilões de antiguidades.

Corto sem medo tecidos nobres bordados, a maior parte deles por mãos do século passado e até retrasado.

Misturo rendas preciosas feitas ponto por ponto por diversas mãos e técnicas em diferentes tempos, coisas guardadas que agora recebem uma função e uma vida, se transformando em Dodôs & Dadás, essas esculturas macias que crio desde 2007  e ainda tenho muito prazer em exercitar minha criatividade com eles.

Grupo de Dodôs, (foto por Angelo Pettinati, )2015. Os dodôs já ulytapassaram a marca do 2000 exemplares criados por Delfina Reis!

esta foto foi feita para a terceira exposição de dodôs & dadás que aconteceu no cine galeria do cine santa, em santa teresa, rio de janeiro. foram dois meses de exibição, agosto e setembro de 2012 e 167 exemplares únicos foram mostrados.
muitos que aparecem aqui encontraram seus novos lares e donos...
desde os primeiros dodôs & dadás criados em 2007 até agora, já são mais de 1500.
decidi que vou chegar ao número 2.000 e então decidirei se continuo essa produção que para mim ainda é muito instigante.
sei que uma hora dessas meu foco muda, como já aconteceu em outras modalidades nas quais eu mergulhei, como  desenho, pintura, gravura em metal e xilogravura, escultura em cimento e centenas de esculturas em papier maché.
por enquanto continuo entusiasmada com as paletas de cores e estampas de tecidos e suas infinitas possibilidades combinatórias. também me encantam as diferentes texturas e as emoções de ternura ou estranheza que essas pequenas criaturas causam ao público .

Dadazona

A Dadazona nasceu em 2008.

É uma das criaturas mais dóceis que conheço.















Ela não tem boca, pois se nutre de forma energéticamente diferente de nós. Se comunica telepáticamente.

Somos o que comemos, e ela é recheada com bolinhas de isopor.

Acho que ela não se interessa muito por um tipo de alimento como esse...

 Agora estãos chegando alguns irmãos dela, mas estarão totalmente prontos só em Paris.

Dodôs & Dadás no BBB 8 (relembrando fatos)

TOY ART GANHOU NOVO ESPAÇO NA MÍDIA

Um novo segmento na arte vai ficando mais conhecido. Na TV, o Big Brother Brasil deu visibilidade a essa nova categoria artística, do Oiapoque ao Chuí. A pedido da produção de arte, a artista plástica Delfina Renck Reis desenvolveu três personagens carismáticos, a Dadá ET fêmea, o Dodô ET macho e o Dodô ET filhotão .

A primeira exposição coletiva Toy Art no Brasil aconteceu em 2007, em São Paulo. Os artistas e designers que se dedicam a criar essas criaturas para colecionadores principalmente adultos tem uma missão didática de esclarecer que arte é essa... A inserção dos Dodôs & Dadás na midia  televisiva abriu um novo espaço de divulgaçao para a divertida, instigante e irreverente Toy Art .

postando de novo: ToyWallArtShow (primórdios da toy art brasileira, 2007)

ToyWallArtShow

I mostra imagética de art toy (versão brazuca)

ToyWallArtShow - exibição pública e gratuita de fotos temáticas

Press Release
Muito tem se falado e feito sobre Toy Art mas ainda assim, é algo novo para a maioria das pessoas.
Eu, particularmente, tenho tido experiências na formatação de mostras individuais e coletivas; blogs; promoções virtuais; etc, mas além de toda repercussão que o movimento vem obtendo ainda é de complexa assimilação e precisamos continuar informando o público para que este cresça ainda mais e fortifique a cena, comprovando sua importância e caráter revolucionário nas artes contemporâneas, assim como vem acontecendo no resto do mundo.
Foi com esse intuito, até meio didático diga-se de passagem, que projetei uma mostra fotográfica com projeções gratuitas em eventos abertos para apresentação da atual produção nacional: é o ToyWallArtShow.
A I Mostra Imagética de Art Toy (versão brazuca) teve sua estréia em Salvador, durante a edição da Feira Hype do dia 07/07/2007 no Instituto Cultural Brasil-Alemanha (Corredor da Vitória).
A produção do DVD, incluindo uma trilha sonora especial do projeto "EletricAfroLand" by Junix 11, ficou a cargo da subdub produções.

Assista na íntegra no YOU TUBE.

Participantes:

adriano lemos (SP) * ash (SP) * cabeça de gato (PR) * carla barth (RS) * dea lellis (SP) * delfina reis (RJ) * estranhoca (SP) * fabiana queiroga (GO) * feio à mão (SP) * fluke (SP) * glá quicolli (SP) * hammond 1000 (SP) * iaiá bá (BA) * ico matias (PE) * ions (BA) * jeffe (SP) * márcia lancellotti (SP) * lu de mari (PE) * lu lapan (RJ) * luluca (SP) * mariana milanezi (SC) * may (BA) * reis magos (DF) * R.U.A. (BA) * studiolovetoys (PR) * ted hole (SP) * tosco toys (SP)

O evento teve entrada franca e algumas das obras puderam ser vistas e adquiridas no stand do Toy Centro presente na referida feira.
O projeto aconteceu paralelamente no Rio de Janeiro (dias 07 e 08/07 no evento Arte de Portas Abertas, mais precisamente no Atelier 11 da Delfina Reis em Santa Tereza) e também em Curitiba (17/07 no Bar e Galeria Kitinete).

Dodôs, Dadás, toy art:

Delfina Renck Reis

Meu trabalho mais recente está inserido no segmento denominado Toy Art, onde se encontram essas criaturas divertidas, inusitadas e irreverentes, verdadeiras esculturas fofas. É uma produção lúdica que remete à criança interior presente em cada um de nós.

Quando comecei , por volta de cinco anos atrás, pesquisei o trabalho de vários mestres e excelentes artistas que encontrei na internet. Dessa pesquisa resultou um trabalho com características autorais, inserido nessa linguagem que tem identidade própria.

A inspiração é muito abundante, da mesma maneira que sempre foi o meu fazer artístico anterior nas áreas de pintura, desenho e escultura. As possibilidades criativas são infinitas, as combinações de cores, texturas e formatos são riquíssimas. Adoro misturar a baixa tecnologia do ato de costurar com a alta tecnologia dos tecidos de última geração que se encontra no Rio de Janeiro, reduto de carnavalescos.

A grande maioria das peças que crio é individual, "one of a kind". Os toys pertencem a grupos e categorias, como  Dodô filho, Dadá Sereia, Dodô ET filhotão, Dodô Dog e outros. Algumas vezes produzo múltiplos idênticos em séries de por volta de 20 exemplares. Todos são numerados e atualmente estão ultrapassando a marca de 1200 toys produzidos.

Dodôs, Dadás, toy art:

Relativamente novo na arte contemporânea, Toy Art é um movimento que começou no Japão, nos anos 90 e vem se difundindo pelo mundo com criações cada vez mais significativas. Muitos artistas e designers começaram a reinventar brinquedos, como um novo suporte onde exercitar a liberdade de criação. Principalmente para admiradores e colecionadores adultos, essas obras  não envolvem uma preocupação utilitária, funcional, o que vale é a inventividade e a diversão. São muito presentes as referências à arte urbana, arte das ruas, grafitti, histórias em quadrinhos. Na internet, os blogs  são um forte meio de difusão da toy art.

Alguns personagens  criados pelos artistas  vem com nome e biografia. Geralmente em séries limitadas e/ou numeradas, no Japão,  Europa e EUA são produzidos principalmente vinyl toys. No Brasil, também se faz, mas criou-se uma estética própria onde a produção manual, não industrial e previsível é um campo fértil para a originalidade. Muitos toys são peças únicas, verdadeiras esculturas macias bem humoradas, satíricas, irreverentes ou irônicas.